Certamente todos já reagimos às mudanças organizacionais pensando “Lá vamos nós de novo” ou até mesmo dizendo “Já não tentamos isso antes?”.
Mudanças organizacionais sempre geram desconforto e podem ser emocionalmente desafiadoras, gerando confusão, medo, ansiedade ou frustração, sendo comparadas com a perda de um ente querido e seus vários estágios (veja a figura abaixo).
Mas ninguém quer ser um obstáculo para as Mudanças Organizacionais, simplesmente resistindo instintivamente a qualquer alteração de rotinas. Afinal, isso não será bom para você, sua carreira ou sua organização.
Assim, na próxima mudança organizacional proposta por sua empresa, considere as seguintes estratégias de inteligência emocional que lhe auxiliarão a aceitar as novas propostas mais tranquilamente:
Identifique a causa-raiz da sua resistência "O quê está me incomodando?"
Por exemplo, se sua preocupação é que a mudança causará interferência na sua autonomia, é possível solicitar às pessoas que estão liderando os esforços, que você seja envolvido de maneira mais ampla. Conhecer o real fator que está causando o incômodo ajudará a definir o melhor plano de ação e, consequentemente, a resistência à mudança.
Questione os motivos da sua resposta emocional "Porque isso me incomoda?" Nossas respostas emocionais são reflexos de nossas interpretações da realidade – ou estórias – que nos convencemos que são reais. O primeiro passo nessa situação é identificar qual a sua reposta emocional inicial: medo, raiva, frustração? Feito isso, é preciso identificar aquilo que se “acredita ser verdade” e que está causando tal sentimento. Pensamentos como “Estão querendo me expor”, “Não gostam do que faço” ou “Não valorizam minha opinião” são muito comuns nesse momento. Entender que a mudança organizacional não é individualizada e pessoal reduz muito a resistência inerente a essa situação. Tal análise permite entender o que realmente o afeta na mudança para, então, mudar o modo de pensar e visualizar os benefícios que a mudança organizacional trará e como será possível contribuir.
Saiba seu impacto na situação "Estou ocasionando transtornos?" Ter consciência de que uma atitude negativa às mudanças organizacionais irá dificultar todo o processo já é um grande passo. Ao analisar suas reações, reflita sobre o quanto seu comportamento está deixando a situação mais tensa ou trazendo complicações além das necessárias. E saber como sua presença afeta o ambiente irá auxiliar em todo o processo de mudança, inclusive comportamental individual. Afinal, todo negativismo ou pessimismo irá afetar seu comportamento, performance e bem-estar – e não de uma maneira saudável. Ao considerar como sua reação inicial contribui para uma cadeia de eventos negativos, será mais fácil ajustar suas atitudes e ser mais aberto a novas perspectivas que, em último plano, irão mudar a forma como você reage a tudo.
Tenha uma atitude positiva "Como posso colaborar?" A situação pode parecer frustrante quando enfrentamos uma mudança, mas estudos demonstram que ter uma atitude positiva nos permite enxergar novas possibilidades e sermos mais receptivos à mudança. Duas perguntas simples podem ajudar nisso: “Quais as oportunidades dessa mudança?” e “Como essas oportunidades irão ajudar a mim e a todos?”.
A habilidade de se adaptar fácil e rapidamente às mudanças é, geralmente, uma vantagem competitiva para um líder. Assim, da próxima vez que resistir a uma mudança organizacional, use as quatro abordagens acima para motivar a si mesmo e aos demais envolvidos.
Tenha o propósito de não só aceitar a mudança, mas de também impulsioná-la positivamente. Esse esforço será, certamente, gratificante.
Criado com base no artigo “How to Embrace Change Using Emotional Intelligence”
Harvard Business Review
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